domingo, abril 29, 2012

Ômega 6


Olá, pessoal.

 Hoje lhes falarei sobre o ômega 6. Antes de começar, para que o post fique claro e de fácil entendimento, falarei um pouco sobre os ácidos graxos.
Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos (COOH) altamente solúveis em água, que podem ser usados para fornecer energia às células. São componentes orgânicos, ou seja, possuem carbono e hidrogênio em suas moléculas, e são formados com a quebra de gordura. Estão classificados em três tipos, os monoinsaturados, os poliinsaturados e os saturados. Todos são considerados “gorduras boas” e devem estar presentes na alimentação, principalmente os poliinsaturados, pois são ácidos graxos essenciais e não podem ser sintetizados pelo organismo humano. Estes ácidos poliinsaturados, os essenciais, são o ácido linolênico (ômega 3), o ácido linoléico (ômega 6) e o ácido graxo conhecido como ômega 9.


                 
Estrutura do ácido graxo      


Já tendo esclarecido um pouco sobre os ácidos graxos, falarei sobre o real motivo do post, o ômega 6.
O grupo ômega não pode ser sintetizado pelos animais, somente os vegetais terrestres e marinhos são capazes de tal feito; os peixes e outros animais podem transforma-los em ácidos graxos poliinsaturados, por meio do alongamento e da dessaturação de suas moléculas. Por isso eles estão presentes nos óleos vegetais, ovos, carnes e em alguns tipos de semente, e devem estar contidos na alimentação, também podendo ser consumidos por meio de suplementos alimentares.
Os ômega 3 e 6 são os principais componentes do grupo ômega, sendo diferenciados apenas pela posição da primeira dupla ligação. O principal representante do ômega 6 é o ácido linoleico, que pode ser sintetizado em outros ácidos ômega 6.  Tal processo é mediado por enzimas, e estas têm papel na formação dos ácidos graxos ômega 3 e 6, fazendo com que haja uma competição metabólica entre os dois. Por isso é fundamental que haja equilíbrio na quantidade dos dois ácidos na hora de fazer uma dieta, pois o excesso de ômega 6 impede a transformação do ômega 3 em seus derivados; por outro lado, como as enzimas mediadoras têm mais afinidade com o ômega 3, este pode estar em menor quantidade que o ômega 6 e mesmo assim serão produzidas quantidades iguais de produto.


 
Aqui, vemos a diferença nas estruturas do ácido graxo saturado (embaixo, à direita) e na dos poliinsaturados; vemos também a diferença nas posições das primeiras duplas ligações da estrutura do ômega 3 (à esquerda) e na do ômega 6 (em cima, à direita).


Quando ingerido em quantidade adequada e em equilíbrio com o ômega 3, o ômega 6 trabalha no crescimento e desenvolvimento normal das crianças; também nos sistemas reprodutivos; na coagulação do sangue; na produção e no transporte de energia para as células; no sistema imune; dentre outros benefícios, além de sua importância como antiinflamatório, pois nosso corpo converte o ácido linoleico em pró-inflamatórios, chamados prostaglandina.  Porém, como já foi dito e explicado com base na competição entre os ômegas, se o ômega 6 for consumido em excesso suas funções vitais não serão exercidas, podendo acarretar em doenças como o câncer, artrite, cardiovasculares, o aumento da pressão arterial, entre outras.
Com todas estas informações, fico por aqui!


                                                     


Fontes: http://www.infoescola.com/bioquimica/acidos-graxos/
            http://pt.scribd.com/doc/26915347/Acidos-Graxos-Omega-3-e-6
         

Postado por:  Gabriella Dantas

      

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